Da Lituânia para o Brasil
A arquiteta Kornelija Sirmulyte nasceu em Vilnius, capital da Lituânia, estudou e trabalhou na Dinamarca, onde conheceu seu marido, o arquiteto mineiro Leonardo Paes Resende. Veio com ele para o Brasil, casou, teve uma filha e ficou. Hoje assina por aqui projetos elegantes que refletem sua influência nórdica.
O apreço pela simplicidade e funcionalidade refletido em seus projetos faz parte de um estilo de vida que Kornelija trouxe do Mar Báltico e de sua experiência em um dos maiores escritórios de arquitetura da Dinamarca onde trabalhou; o Henning Larsen Architects, que tem filiais em Oslo, Munique, Nova York, Arábia Saudita e Hong Kong entre outros. Mas se no HLA a maioria dos seus projetos de interiores foram para espaços públicos, como salas de concertos, restaurantes e lojas de aeroportos, no Brasil Kornelija teve que passar por cima das diferenças culturais e se adaptar adentrando o universo residencial. Por isso não é de se espantar que ao pisar pela primeira vez na BoConcept brasileira, primeira loja de design escandinavo no país, a arquiteta sentiu-se em casa.
"Quando visitei a BoConcept fiquei encantada, pois vi que finalmente poderia especificar móveis e detalhes do design dinamarquês com os quais me identifico para meus clientes aqui", diz a arquiteta que em Belo Horizonte, ao chegar, trabalhou com Freusa Zechmeister.
Vinda de uma família pequena, do pai Cientista e Músico, Kornelija herdou a visão cartesiana e o piano que toca desde criança. Da mãe, bibliotecária, o gosto pelos livros. Mas foi a avó materna quem despertou nessa moça de olhar doce o senso estético. "Minha avó amava a beleza em todas as suas manifestações. Foi também uma das melhores costureiras que conheci na vida"! Com essa influência tão forte seria natural que trilhasse o caminho da Moda, mas quis o destino que ela optasse pela Arquitetura.
Hoje, Konelija Sirmulyte está à frente do Estúdio Transform, junto com a arquiteta italiana Elisabetta Mc´Kena, focado em projetos corporativos e também em criação de marcas empresariais através da arquitetura de interiores.
"Pra mim o que importa é a capacidade de se reinventar, de criar espaços que inspirem o visitante e o morador", finaliza a arquiteta lituana que há seis anos trouxe a elegância e o equilíbrio do design escandinavo na bagagem, mas que já reconhece o toque brasileiro em seus novos projetos por aqui.
Fotos: divulgação
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