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09 jun

Amilcar, 95 anos

Pouco antes de morrer, em 2002, Amilcar de Castro era festejado por suas esculturas neoconcretas feitas com chapas de aço e ferro recortadas em formato geométrico. Nascido na pequena Paraisópolis, o escultor mineiro, filho de desembargador, completaria esta semana 95 anos, mas o tempo mostrou que a lembrança do advogado, desenhista, diagramador, cenógrafo e professor, pulsa mais do que nunca pela eloquência expressa em suas obras de arte. Foi em Belo Horizonte na década de 30 que estudou Direito, na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Porém, antes mesmo de se formar, aprendeu a usar o lápis duro, que deixa sulcos no papel, e exige firmeza de traço. As aulas do curso livre de desenho e pintura eram dadas por Guignard, na Escola de Belas Artes e as de escultura figurativa, por Franz Weissmam, mais tarde seu colega no movimento neoconcreto.

TRIDIMENSIONALIDADE NA RETA

Abandonando a carreira de advogado, Amilcar já flertava com a tridimensionalidade. Em 1952 mudou-se para o Rio de Janeiro onde trabalhou nas revistas A Cigarra e Manchete e onde se destacou como diagramador pela reforma gráfica que realizou no Jornal do Brasil. Foi também na cidade maravilhosa que expôs seus primeiros trabalhos no Museu de Arte Moderna – MAM/RJ e, em seguida, no Belvedere da Sé, em Salvador. Depois de um contato com a obra do suíço Max Bill, realizou sua primeira escultura construtiva, exposta na Bienal Internacional de São Paulo, evento que marcou seu trabalho. Um ano depois em Zurique, a arte do escultor era exibida na Mostra Internacional de Arte Concreta, com escultura feita de alumínio e ferro. Em 1968, foi para os Estados Unidos, conjugando bolsa de estudo da Guggenheim Memorial Foundation com o prêmio de viagem ao exterior obtido na edição de 1967 do Salão Nacional de Arte moderna (NAM). De volta ao Brasil na década de 70, fixou residência em Belo Horizonte e aqui se tornou professor de composição e escultura da escola Guignard, e na Escola de Belas Artes da UFMG.

Em 1990, Amilcar de Castro aposentou-se da docência dedicando-se com exclusividade à atividade artística. O escultor mineiro não mostrava tudo que produzia. Muitas obras guardadas há anos em seu ateliê só foram exibidas depois de sua morte, entre elas uma tela que, apesar das dimensões gigantescas, foi vista por poucos. Suas esculturas, fundadas quase exclusivamente em duas ações, corte e dobra, sobre o ferro e madeira, impressionam por partir de um plano circular, retangular e quadrado, trabalhado sem solda, formando um objeto tridimensional articulado por intenso diálogo com o espaço, deixando a luz passar.

Fotos: Jomar Bragança e divulgação

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