"Escolhi o diamante porque ele representa, em sua densidade, o maior valor no menor volume" disse Gabrielle Chanel em 1932, período em que o mundo se recuperava da crise de 1929 e Chanel, até então conhecida pelas pérolas, focava nos diamantes lançando sua primeira coleção de alta joalheria desafiando os grandes joalheiros já estabelecidos da Place Vendôme.

Já em sua estréia, Chanel aposta na ousadia da inovação. Simplifica engastes, remove fechos, alonga colares. Despe a pedra de sua supremacia e privilegia linhas e desenhos. Em vez da butique da Rua Cambom expõe as jóias em seu apartamento na Faubourg Saint Honoré, nº 29, substituindo as tradicionais redomas e almofadas de veludo negro por simples manequins de cera. Embora fugaz essa primeira exposição de jóias Chanel já estabelece o código atemporal que se tornou a marca registrada da grife francesa: criatividade em vez de ostentação, leveza em vez de exagero.

Chanel acaba de lançar sua coleção "Signature" Inverno 2016 e fiel ao seu DNA busca referências no passado em releituras contemporâneas. A Signature traz, em diamantes, ouro branco e ouro amarelo, chuva de cometas, estrelas cadentes, plumas e as indefectíveis camélias que eternizaram a grife.

Suas peças podem ser usadas tanto com roupas da alta costura como em cima de uma T-shirt casual acompanhada de jeans. Afinal, nada mais atual que o pensamento da estilista: As jóias já não são troféus de admiradores que as mulheres ganham, mas sim um símbolo de liberdade da mulher moderna que pode, ela mesma, comprá-las.

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